terça-feira, 13 de maio de 2014

Falece H.R. Giger... mas sempre haverá uma rainha-alien em cativeiro.

Falece o "criador" do Alien.

O primeiro filme que assisti da série foi na verdade o segundo, Aliens - aqui, conhecido como "Aliens - O resgate". Lembro que, na época, ainda jovem e impressionável, a história me era dum pavor fascinante. O menino preso na parede, a descida ao ninho das criaturas, as claustrofóbicas sequências finais, a luta contra a Rainha, tudo isso se encaixava num roteiro de ação brilhante, inescapável, que marcou minha juventude para sempre, me tornou um fã da criatura, da série e por fim, também do gênero - ficção científica e terror. Foi uma dessas obras essenciais que povoaram a minha imaginação em anos já bem distantes, junto com outros clássicos da época, esses que hoje em dia você já começa a assistir com um gosto especial, por serem antigos, parte da sua história... deve ser o que se chama de nostalgia. Eu ainda não estava interessado em saber quem eram os atores, diretores, ou de que ano eram os filmes (mais tarde eu aprenderia que eles já tinham bastante idade na época de exibição), bastava apenas assisti-los de novo e de novo - um prazeroso exercício de imaginação visual, de recontar a história na minha cabeça.



 Foi só muito tempo depois de ver e rever as sequências é que fui conhecer o primeiro filme, num ritual de atenção e curiosidade. Ali está o começo de tudo: a história, o monstro, a heroína, o visual, tudo no ano distante de 1979, a bordo de uma nave sombria que encontra um destino terrível em um planeta ainda mais sombrio.
A bordo do Nostromo. Nave-cargueiro de mineração.

O enredo segue um ritmo marcadamente mais lento. A história toma seu tempo para apresentar a nave, os personagens, e a insólita situação em que os personagens vão se enredando.
O cenário em si é úmido e gotejante, cheio de cantos e sombras, fazendo um paralelo com a criatura... também úmida e gotejante, extremamente resistente e assassina.

E quem fui encontrar no papel do andróide-cientista-psicopata? Ian Holm, o próprio Bilbo Bolseiro, 20 e poucos anos antes. Que legal!


Nessa época de efeitos visuais beirando a perfeição, tomadas super rápidas e câmeras frenéticas, Alien é um alívio, uma beleza de se assistir e ouvir, com cenas espaçadas, lentas, deixando o olho absorver as cores e texturas, a trilha sonora discreta aumentando a sensação de solidão... solidão no espaço.




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